Grandes Portugueses - Fernando Pessoa
17 de dezembro de 2018
Para conhecer Fernando Pessoa
17 de novembro de 2018
Fernão Lopes (c.1380 - c.1460), escritor e cronista.
Fernão Lopes
Lisboa c.1380 - Lisboa, c.1460Escritor e cronista português
1. A vida
Conhece a biografia do cronista num texto breve e rigoroso do Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (Vol. I, Lisboa, 1989), disponibilizado no site da DGLB, aqui: Lopes, Fernão [Lisboa, 1380 - Lisboa?, 1460] (Escritor)2. A obra
Crónica de D. Pedro
- Chronica del rey D. Pedro I. 1ª edição. Lisboa Occidental: Manoel Fernandes da Costa, 1735.
- Chronica de el-rei D. Pedro. - Texto digital: Biblioteca Nacional Digital, ed. por Rita Farinha e a equipa Project Gutenberg. - Reproduzido em: Bibliotheca Augustana.
- Chronica de el-rei D. Pedro I. - Ed. Luciano Cordeiro. Lisboa, 1895.
- Chronica de D. Pedro. - Ed. António Borges Coelho. [Lisboa], 1977.
- Crónica do senhor rei Dom Pedro oitavo rei destes regnos. Porto: Civilização, 1994.
Edição crítica:
- Crónica de D. Pedro. - Ed. crítica, con introd. e glossario a cura di Giuliano Macchi. Roma: Ateneo, 1966.
- Crónica de D. Pedro. Edição crítica, introd., glossário e índices de Giuliano Macchi. 2ªed., revista. Lisboa: INCM, 2007.
Crónica de D. Fernando
- Chronica do Senhor Rei D. Fernando, nono Rei de Portugal. - 1.ª edição. Lisboa: Academia Real das Sciencias, 1816.
- Crónica de D. Fernando. - Edição crítica de Giuliano Macchi. Lisboa: INCM, 1975.
Crónica de D. João I
- Chronica delRey D. Ioam I de boa memoria, e dos Reys de Portugal o decimo, [terminada depois de 1441]. - 1.ª edição. Lisboa: Antonio Alvarez, 1644.
- As Crónicas de Fernão Lopes. - Ed. António José Saraiva. 2.ª ed., Lisboa: Portugália, 1969 [o link dá para excerto da crónica de D. João I, cap. XI e XII, p. 197-203].
- Cronica del rei Dom Joham I: de boa memoria e dos Reis de Portugal o decimo: Parte Primeira: escrita por Fernão Lopes. - "Reprodução facsimilada da edição do Arquivo Histórico Português (1915) preparada por Anselmo Braamcamp Freire". Prefácio de Luis F. Lindley Cintra. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1977.
- Historia de uma revolução: Primeira parte da "Crónica de El-Rei D. João I de Boa Memória". Ed. Publ. Europa-América, Rio de Janeiro, 1977.
- Cronica de D. João I. - Apresent., crítica, selec., notas e sugestões para análise literária de Teresa Amado. Lisboa: Seara Nova : Editorial Comunicação, 1980. / 2.ª ed. revista, 1992.
- Crónica de D. João I: primeira parte. Alfragide / Madrid: Ediclube, 1995.
Edição crítica:
- Crónica de Dom João I - Primeira Parte. - Edição crítica e notas de Teresa Amado com a colaboração de Ariadne Nunes, Carlota Pimenta e Mário Costa; introdução de Cristina Sobral. Lisboa: INCM, 2018.
Obras (geral)
- Obras digitalizadas de Fernão Lopes, na Biblioteca Nacional Digital [BND].
- Fernão Lopes, As crónicas. - Seleccionadas e transpostas em português moderno por Antonio José Saraiva. Lisboa, [1960].
Fernão Lopes, o cronista
retratado no canto superior direito do designado "Painel do Arcebispo",
que faz parte dos célebres "Painéis de São Vicente de Fora",
atribuídos ao pintor Nuno Gonçalves (séc. XV).
Fonte: Wikipédia.
3. Recursos didáticos
- Crónica de D. João I – Estrutura externa
- Crónica de D. João I – Resumo dos capítulos 11, 115 e 148 (Programa de Português)
- Crónica de D. João I - Análise do cap. 11, muito completa, no blogue "Português".
- Crónica de D. João I – O contexto histórico
- Recursos multimédia sobre o Autor, a Obra e a Época (vídeo, programa tv)
4. Bibliografia passiva
Bibliografias
- AMADO, Teresa (1991) Bibliografia de Fernão Lopes. Lisboa: Cosmos.
- MACCHI, Giuliano (1964) Bibliografia di Fernão Lopes. Modena: Società Tip. Modenese.
- AMADO, Teresa (1991) Fernão Lopes, contador de História: sobre a Crónica de D. João I. Lisboa: Estampa.
- AMADO, Teresa (2007) O passado e o presente: ler Fernão Lopes. Lisboa: Presença.
- BASTO, Artur de Magalhães (1943) Fernão Lopes: suas «crónicas perdidas» e a Crónica Geral do Reino. Porto: Livraria Progredior.
- BASTO, Artur de Magalhães (1959) Estudos. Cronistas e crónicas antigas. Fernão Lopes e a Crónica de 1419. Coimbra: Biblioteca Geral da Universidade.
- BEAU, Albin Éduard (1959) Estudos I. Coimbra: Universidade.
- BEIRANTE, Maria Ângela (1984) As estruturas sociais em Fernão Lopes. Lisboa: Livros Horizonte.
- BELL, Aubrey (2004) Fernão Lopes. 3ªed., Lisboa: Cultarte.
- CIDADE, Hernâni (1931) Fernão Lopes é ou não autor da «Crónica do Condestabre»?. Coimbra: Imp. da Universidade.
- CIDADE, Hernâni (1932) Fernão Lopes. Coimbra: Coimbra Ed..
- DIAS, Aida Fernanda (1998) História crítica da literatura portuguesa, vol. A Idade Média. Dir. Carlos Reis. Lisboa: Verbo.
- LAPA, Manuel Rodrigues (1930) Froissart e Fernão Lopes. Lisboa: Impr. Beleza.
- LÓPEZ-ARIAS, Julio (1993) Peculiaridades estilísticas de Fernão Lopes. New York : Peter Lang.
- MALEVAL, Maria do Amparo Tavares (2010) de Fernão Lopes e a retórica medieval. Niterói : Univ. Federal Fluminennse.
- MATTOSO, José e Armindo de SOUSA (1993) História de Portugal, vol. 2 : A monarquia feudal (1096-1480). Lisboa: Círculo de Leitores.
- MONTEIRO, João Gouveia (1988) Fernão Lopes: texto e contexto. Coimbra: Minerva.
- PASSOS, Maria Lúcia Perrone de Faro (1974) O herói na "Crónica de D. João I", de Fernão Lopes. Lisboa: Prelo.
- REBELO, Luís de Sousa (1983) A Concepção do Poder em Fernão Lopes. Lisboa: Livros Horizonte.
- RUSSEL, Peter Edward (1941) As fontes de Fernão Lopes. Coimbra: Coimbra Editora.
- SARAIVA, António José (1960) Fernão Lopes. Lisboa: Europa-América.
- SARAIVA, António José (1990)O crepúsculo da Idade Média em Portugal. Lisboa: Gradiva.
- VIEGAS, Valentino (1989) Fernão Lopes e os arquivos do país. Lisboa: ed. do autor.
5. Para saber mais:
- Fernão Lopes, verbete, in site da DGLB.
- Fernão Lopes [excerto sobre a obra], verbete, por Oliveira Marques, in Dicionário de História de Portugal. Lisboa, 1961.
- Fernão Lopes, in Projeto Vercial. - Contém excertos das crónicas.
- Fernão Lopes, in Bibliotheca Augustana.
- SÉRGIO, António (1983) "Prefácio", in Crónica de D. João I . - 1.º Volume: segundo o códice n.º 352 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Introd. Humberto Baquero Moreno; pref. de António Sérgio. Porto: Civilização. / 1990. / 1991. / 1994. - Reproduzido em Portal da História.
- Fernão Lopes, Guardador das Escrituras do Tombo. - Exposição documental, Lisboa: no Arquivo Nacional Torre do Tombo, de 31 out 2018 a 31 jan 2019. - Descrição: "A Torre do Tombo assinala a passagem dos 600 anos sobre a nomeação de Fernão Lopes como Guardador das Escrituras do Tombo com uma exposição documental, à qual se associa uma mostra bibliográfica de homenagem ao Professor Doutor António Borges Coelho e uma exposição de algumas das pinturas originais da autoria do pintor Rogério Ribeiro, que ilustraram a obra Fernão Lopes: Crónicas de D. Pedro I, D. Fernando e D. João I – Antologia." - Clica aqui para acederes à folha da sala de exposição.
Recursos multimédia sobre o Autor, a Obra e a Época
Multimédia
Vídeo RTP, do programa A Alma e a Gente,
da autoria do Prof. José Hermano Saraiva.
RTP, 25:23.
Vídeo RTP, do programa "Grandes Livros"
relocalizado em RTP Ensina.
Vídeo RTP, do programa "A Alma e a Gente"
da autoria do Prof. José Hermano Saraiva. – RTP, 26:52.
Crónica de D. João I – O contexto histórico
Morte do Conde Andeiro, por José de Sousa Azevedo (1830-1864)
Porto, Museu Nacional de Soares dos Reis.
Na Crónica de D. João I, Fernão Lopes trata um tempo histórico conturbado.
O que significa uma ”crise dinástica” e um breve período chamado de “interregno”?
Quem foram as principais figuras dessa época agitada?
A que mudanças sociais se assiste então? Que valores são defendidos pela “burguesia” em ascenção?
Para estas e outras questões, consultar
o Portal da História, de Manuel
Amaral, que em "Os grandes debates da Historiografia
portuguesa", apresenta vários e interessantes textos sobre a
problemática de 1383-85, um dos assuntos da Crónica de D. João I.
Aqui deixo o índice de alguns dos textos do Portal:
Manuel
Amaral - Introdução ao tema:
*
António
Sérgio - Prefácio à
Crónica de D. João I e "Sobre a
revolução de 1383-1385" (1945-46)
Joel Serrão
- O
Carácter Social da Revolução de 1383 (1946)
António José
Saraiva - História da
Cultura em Portugal (1950)
Marcelo
Caetano - "As Cortes
de 1385" e "O Concelho de
Lisboa na crise de 1383-1385" (1951-53)
António
Borges Coelho - «Prólogo da
2.ª edição» de A Revolução de 1383 (1965, 1975)
Álvaro
Cunhal - A Luta de
Classes em Portugal em Finais da Idade Média (1967)
Oliveira
Marques - "Fernão
Lopes" in Dicionário de História de Portugal (1961)
Veríssimo
Serrão - «A
crise de 1383-1385», in História de Portugal, vol. I
(1976)
Maria José
P. F. Tavares - "A
Nobreza no Reinado de D. Fernando e a sua actuação em 1383-1385" (1983)
José Mattoso
- "Lutas
de Classes ?", in História de Portugal, dir. José
Hermano Saraiva (1983)
José Mattoso
- «A
nobreza e a revolução de 1383» nas Jornadas de História Medieval
(1985)
A crise de 1383–1385 em Portugal
Etiquetas:
Crónica de D. João I,
História de Portugal - Crise de 1383-85,
Literatura A a Z - Fernão Lopes
Crónica de D. João I – Resumo dos capítulos 11, 115 e 148 (Programa de Português)
Resumidamente, o que se conta no capítulo 11 da Crónica de D. João I?
E do que tratam os capítulos 115 e 148?
![]() |
D. João, o Mestre de Avis |
![]() |
Leonor Teles |
Capítulo 11 – “Do alvoroço que foi na cidade cuidando que matavam o
Mestre, e como alo [= lá] foi Álvoro Pais e muitas
gentes com ele.”
“Conta-se
neste cap. como o povo de Lisboa foi ajudar D. João, Mestre de Avis, quando se
soube que a sua vida corria perigo, no Paço em que estavam a rainha D. Leonor
Teles e João Fernandes Andeiro, fidalgo galego que, com escândalo público, era
amante da rainha.
Chegada
ao Paço, a multidão verificou que o Mestre de Avis estava vivo, tendo Andeiro
sido morto por ele. Resultaram daí grandes manifestações de alegria coletiva, expressão do apoio popular que era
dado a D. João enquanto adversário da rainha, regente do reino por morte de D.
Fernando.” – [Fonte: Carlos Reis, 2016, p. 24].
Capítulo 115 –“Per que guisa [= de que modo] estava a cidade corregida [= preparada] pera se defender, quando el-rei de Castela pôs cerco
sobrela.”
“Conta-se
neste cap. como se fez a preparação da cidade de Lisboa para resistir ao cerco
dos castelhanos.
Comandando
a defesa da cidade, o Mestre de Avis manda guardar alimentos, por forma a que
eles não faltem, uma vez que o cerco impediria o reabastecimento da cidade.
Descreve-se
também o trabalho de organização dos defensores e dos equipamentos: a reparação
e o fortalecimento das muralhas, a verificação das armas, a distribuição de
tarefas de defesa e a regulação da ordem na cidade.
Salienta-se,
ao mesmo tempo, que se trata de um esforço de guerra
coletivo, que chega a causar a admiração de quem relata.” – [Fonte:
Carlos Reis, 2016, p. 29-30].
Capítulos 148 – “Das tribulações [= dificuldades] que Lixboa padecia per mingua de mantimentos.”
“Este
cap. ocupa-se dos tempos de sofrimento da população de Lisboa, sujeita ao cerco
castelhano. As privações que ele provoca são descritas de forma pormenorizada,
salientando-se os vários aspetos do sacrifício a que o referido cerco obriga: a
escassez de alimentos e o seu preço elevado, a falta de esmolas, o recurso a
produtos de baixa qualidade, etc.
E,
contudo, sempre que o inimigo ameaçava era visível o esforço
coletivo para superar as dificuldades.” – [Fonte: Carlos Reis, 2016, p.
36].
Fonte:
REIS, Carlos (2016) Crónica de
D. João I, Fernão Lopes. Porto: Porto Ed. - Col.
Educação literária. Leituras orientadas 10.º Ano.
Cerco de Lisboa (1384) nas crónicas de Jean Froissart.
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