27 de janeiro de 2018

"Bichos" de Miguel Torga - um grande livro

Grandes Livros - "Bichos" de Miguel Torga


Documentário
Companhia de Ideias, 2010.
Clique aqui para visionar o vídeo.
Realização: João Osório
Narrador: Diogo Infante



Bichos (1940) de Miguel Torga


é uma coletânea de catorze contos.
Cada um dos catorze contos tem uma personagem:
geralmente um animal, muito personificado ou humanizado,
mas também humanos, bastante bestializados.
O leitor é colocado perante questões fundamentais da existência.






Fonte: "Bichos", de Miguel Torga, in Portal Ensina, da RTP - www.ensina.rtp.pt.

17 de janeiro de 2018

Participa em "Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?"

Qual o livro que mais gostaste de ler até hoje?

Vota! 
Queremos saber quais são os livros mais fixes.


A ideia é que apresentes o teu livro candidato, até 22 de janeiro, preenchendo este formulário muito simples.


Sabe mais aqui.




14 de janeiro de 2018

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, de Luis Sepúlveda



Trailer espanhol do filme baseado no livro de Luis Sepúlveda:


Vídeo no Youtube, em espanhol.

O realizador italiano Enzo D'Alò filmou "Historia de una gaviota y del gato que le enseñó a volar", filme de desenho animado, baseado na obra homónima de Luis Sepúlveda. O filme estreou em 1998.


Título original do livro: Historia de una Gaviota y del Gato que Ie Enseño a Volar, 1996.

Título provável do filme original: La gabbianella e il gatto, 1998.


12 de janeiro de 2018

Meu Caro Amigo - uma canção em forma de carta cantada por Chico Buarque

Meu Caro Amigo - Chico Buarque de Hollanda 

Francis Hime / Chico Buarque 




Meu Caro Amigo


Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, que também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n' rol
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão



Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n' rol
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus


8 de janeiro de 2018

Conhecer Torga, Seguir Torga 2017-18 – Celebrar o Dia do Patrono, no Agrupamento de Escolas Miguel Torga



Conhecer Torga, Seguir Torga


No âmbito do tema do Plano Anual de Atividades da nossa escola para o ano 2017-18 –  Conhecer Torga, Seguir Torga e, especificamente, integrando-se na celebração do Dia do Patrono, o 9.º D irá criar um vídeo inspirado na vida e na obra de Miguel Torga (1907-1997).
É um trabalho de grupo, colaborativo, realizado na disciplina de História, mas em interdisciplinaridade com Português, História, Ciências Naturais, Geografia e Educação Visual.
Celebrando uma vez mais o Dia do Patrono, a vida e a obra do escritor serão fonte de inspiração para construir uma escola de igualdade de oportunidades. Para além, pois, de se desejar CONHECER melhor o Patrono, visa-se sobretudo SEGUIR o seu exemplo cívico e humano, desenvolver o espírito de equipa, de entreajuda e o trabalho interdisciplinar.


Aqui se indicam-se alguns locais onde procurar informação sobre Miguel Torga.



1


A Voz do Chão: Miguel Torga 1907-1995. – “Sítio biográfico criado no contexto do centenário do nascimento de Miguel Torga”. Concepção e pesquisa, texto, seleção iconográfica e composição de Teresa Sobral Cunha; Webdesign e tratamento de imagem de João Samouqueiro. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2007. – Endereço de Internet: http://purl.pt/13860/1/index.html. - Excelente: contém a sua biografia em duas etapas (“Infância e Juventude” e “Maturidade e Velhice”); uma “Antologia” dos seus poemas, reproduzidos digitalmente a partir do suporte original; uma “Galeria de Imagens” e a “Bibliografia” do escritor.


2

Espaço Miguel Torga. – Sítio que visa essencialmente “estudar e divulgar a obra poética e literária de Miguel Torga”. O espaço não virtual, em S. Martinho de Anta / Vila Real, propõe diversas atividades culturais. – S. Martinho de Anta, 2016. – Endereço de Internet: http://www.espacomigueltorga.pt/index.php. - Excelente grafismo. Contém uma cronologia, dinâmica e ilustrada, da sua “Vida e Obra”; uma “Galeria de Imagens”, um “Roteiro Torguiano”, vídeo, entre muitos outros recursos. O espaço físico propriamente dito contempla uma sala de exposição permanente e outra de exposições temporárias, um auditório, loja e cafetaria.

3
 “Miguel Torga”, in Lusofonia: plataforma de apoio ao estudo da língua portuguesa no mundo. – Contém informação sobre a sua época literária [Miguel Torga e o Segundo Modernismo (grupo da Presença)]; a sua biografia [Notas biográficas]; aspetos temáticos e estilísticos da sua obra [A dimensão poética torguiana: perfil literário e estilístico] e orientações de leitura sobre a obra ficcional A Criação do Mundo (1937-1981). – – Endereço de Internet: http://lusofonia.x10.mx/literatura_portuguesa/torga.htm#biografia.

4
“Miguel Torga”, verbete, in sítio da DGLB. – Versão digital do Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997. – Contém informação rigorosa sobre Biografia, Bibliografia, Excertos, Traduções, Prémios, Bibliografia passiva, Links. Endereço de Internet: http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=9646.

            5
“Miguel Torga”, verbete, in Wikipédia: a enciclopédia livre. – As principais secções contemplam a Biografia, a Obra, Prémios e homenagens, Ligações externas.

6
Poema “Camões” e atribuição do Prémio Luís de Camões em 1989, em Camoniana, blogue de divulgaçãoo da vida e da obra de Luís de Camões.


        7
Um poema de Miguel Torga

Fonte:     A Voz do Chão: Miguel Torga 1907-1995. - sítio na BNP

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2 de janeiro de 2018

Lenda da Padeira de Aljubarrota




Encontras muita informação sobre a batalha 



Sobra a lenda da padeira consulta, por exemplo, o sítio Lendas de Portugal (texto, em arquivo) ou no próprio sítio da povoação de Aljubarrota - clica aqui.




Texto que consta no sítio  Lendas de Portugal (com alteração de parágrafos):

A Padeira de Aljubarrota


"Brites de Almeida não foi uma mulher vulgar. 

Era feia, grande, com os cabelos crespos e muito, muito forte. Não se enquadrava nos típicos padrões femininos e tinha um comportamento masculino, o que se refletiu nas profissões que teve ao longo da vida. 

Nasceu em Faro, de família pobre e humilde e em criança preferia mais vagabundear e andar à pancada que ajudar os pais na taberna de donde estes tiravam o sustento diário. 

Aos vinte anos ficou órfã, vendeu os poucos bens que herdou e meteu-se ao caminho, andando de lugar em lugar e convivendo com todo o tipo de gente. Aprendeu a manejar a espada e o pau com tal mestria que depressa alcançou fama de valente. 

Apesar da sua temível reputação houve um soldado que, encantado com as suas proezas, a procurou e lhe propôs casamento. Ela, que não estava interessada em perder a sua independência, impôs-lhe a condição de lutarem antes do casamento. Como resultado, o soldado ficou ferido de morte e Brites fugiu de barco para Castela com medo da justiça. 

Mas o destino quis que o barco fosse capturado por piratas mouros e Brites foi vendida como escrava. Com a ajuda de dois outros escravos portugueses conseguiu fugir para Portugal numa embarcação que, apanhada por uma tempestade, veio dar à praia da Ericeira. Procurada ainda pela justiça, Brites cortou os cabelos, disfarçou-se de homem e tornou-se almocreve. 

Um dia, cansada daquela vida, aceitou o trabalho de padeira em Aljubarrota e casou-se com um honesto lavrador..., provavelmente tão forte quanto ela.

O dia 14 de Agosto de 1385 amanheceu com os primeiros clamores da batalha de Aljubarrota e Brites não conseguiu resistir ao apelo da sua natureza. Pegou na primeira arma que achou e juntou-se ao exército português que naquele dia derrotou o invasor castelhano. 

Chegando a casa cansada mas satisfeita, despertou-a um estranho ruído: dentro do forno estavam sete castelhanos escondidos. Brites pegou na sua pá de padeira e matou-os logo ali. Tomada de zelo nacionalista, liderou um grupo de mulheres que perseguiram os fugitivos castelhanos que ainda se escondiam pelas redondezas. 

Conta a história que Brites acabou os seus dias em paz junto do seu lavrador mas a memória dos seus feitos heróicos ficou para sempre como símbolo da independência de Portugal. A pá foi religiosamente guardada como estandarte de Aljubarrota por muitos séculos, fazendo parte da procissão do 14 de Agosto."