Resumidamente, o que se conta no capítulo 11 da Crónica de D. João I?
E do que tratam os capítulos 115 e 148?
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D. João, o Mestre de Avis |
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Leonor Teles |
Capítulo 11 – “Do alvoroço que foi na cidade cuidando que matavam o
Mestre, e como alo [= lá] foi Álvoro Pais e muitas
gentes com ele.”
“Conta-se
neste cap. como o povo de Lisboa foi ajudar D. João, Mestre de Avis, quando se
soube que a sua vida corria perigo, no Paço em que estavam a rainha D. Leonor
Teles e João Fernandes Andeiro, fidalgo galego que, com escândalo público, era
amante da rainha.
Chegada
ao Paço, a multidão verificou que o Mestre de Avis estava vivo, tendo Andeiro
sido morto por ele. Resultaram daí grandes manifestações de alegria coletiva, expressão do apoio popular que era
dado a D. João enquanto adversário da rainha, regente do reino por morte de D.
Fernando.” – [Fonte: Carlos Reis, 2016, p. 24].
Capítulo 115 –“Per que guisa [= de que modo] estava a cidade corregida [= preparada] pera se defender, quando el-rei de Castela pôs cerco
sobrela.”
“Conta-se
neste cap. como se fez a preparação da cidade de Lisboa para resistir ao cerco
dos castelhanos.
Comandando
a defesa da cidade, o Mestre de Avis manda guardar alimentos, por forma a que
eles não faltem, uma vez que o cerco impediria o reabastecimento da cidade.
Descreve-se
também o trabalho de organização dos defensores e dos equipamentos: a reparação
e o fortalecimento das muralhas, a verificação das armas, a distribuição de
tarefas de defesa e a regulação da ordem na cidade.
Salienta-se,
ao mesmo tempo, que se trata de um esforço de guerra
coletivo, que chega a causar a admiração de quem relata.” – [Fonte:
Carlos Reis, 2016, p. 29-30].
Capítulos 148 – “Das tribulações [= dificuldades] que Lixboa padecia per mingua de mantimentos.”
“Este
cap. ocupa-se dos tempos de sofrimento da população de Lisboa, sujeita ao cerco
castelhano. As privações que ele provoca são descritas de forma pormenorizada,
salientando-se os vários aspetos do sacrifício a que o referido cerco obriga: a
escassez de alimentos e o seu preço elevado, a falta de esmolas, o recurso a
produtos de baixa qualidade, etc.
E,
contudo, sempre que o inimigo ameaçava era visível o esforço
coletivo para superar as dificuldades.” – [Fonte: Carlos Reis, 2016, p.
36].
Fonte:
REIS, Carlos (2016) Crónica de
D. João I, Fernão Lopes. Porto: Porto Ed. - Col.
Educação literária. Leituras orientadas 10.º Ano.
Cerco de Lisboa (1384) nas crónicas de Jean Froissart.