18 de maio de 2019

"A Aia" - resumo do conto





Resumo da ação do conto


“A Aia” é uma história cuja protagonista, referida no título do conto, é uma bela e corajosa escrava, ama-de-leite de um príncipe e mãe de um menino da mesma idade. Ela representa o sacrifício maternal por fidelidade ao anterior rei e seu amo e para defender a sucessão do novo rei, ainda um príncipe indefeso. O seu sacrifício ocorre porque ela acredita, tal como os seus senhores, numa outra vida para além da morte, “que a vida da Terra se continua no Céu”, com as mesmas hierarquias, relações e atividades. Ela acredita que após a sua morte encontrará não só o seu amo, mas também o seu filho sacrificado; que será de novo “feliz na sua servidão”.
O conto começa com um rei, moço e valente guerreiro, que parte em busca de conquistas e fama, deixando desacompanhada e triste a rainha e um filho pequeno. Quando o rei é derrotado e morto numa das batalhas, a sua família fica desamparada. A rainha, desolada com a perda do esposo e pai do seu filho, tentou fazer o que pôde para proteger o seu filho, herdeiro do reino.
Todavia, o tio do príncipe, irmão bastardo do rei, é um homem terrível e cobiçoso de riqueza. Ele não hesitará em descer dos montes, com a sua horda de rebeldes, e em tomar o poder com agressividade e crueldade.
O pequeno príncipe era amamentado por uma aia, também mãe de um bebé. Os meninos dormiam ao lado um do outro no mesmo quarto, mas enquanto o filho da aia dormia num berço de verga, o príncipe dormia num berço de marfim. Ela, ama e mãe, alimentava os dois com igual carinho pois um era seu filho e outro viria a ser seu rei, demonstrando grande lealdade pelo seu príncipe e verdadeiro amor maternal pelo seu filho.
Uma noite, cuidando dos seus meninos e prestes a adormecer, a Aia ouve um ruído de luta entre homens à entrada do palácio e pressente que o tio bastardo vem para matar o príncipe. Apercebendo-se, pois, do que iria passar-se, trocou, sem hesitar, as crianças nos respetivos berços. Salvaria o seu futuro rei à custa da vida do seu filho. Pouco depois, os seus receios confirmaram-se: um homem entrou na câmara, arrancou a criança do berço de marfim e partiu levando-a.
A rainha, chegada à câmara, parecia louca ao verificar as roupas desmanchadas e o berço vazio. A aia mostrou-lhe, então, o berço de verga e o jovem príncipe que ali dormia. Entretanto, o capitão dos guardas veio avisar que o bastardo havia sido vencido, mas que infelizmente o príncipe tinha também perecido. Então, a rainha mostrou o príncipe salvo.
Identificando a sua salvadora, a rainha abraçou-a e beijou-a, chamando-lhe irmã do seu coração. Todos a aclamaram, exigindo que fosse recompensada, por isso a rainha levou-a ao tesouro real, para que pudesse escolher a joia que mais lhe agradasse.
A Aia, olhando o céu, onde acreditava que estava o seu menino, escolheu um punhal. Quando pegou nele e o cravou no seu coração, a Aia disse que agora que tinha salvo o seu príncipe tinha de ir dar de mamar ao seu filho.
Acabava ali a sua dor maternal, por fidelidade ao seu príncipe, e seria de novo feliz, além.